O EGO, UM ESTRANHO FORA DO NINHO, COMPLICAÇÃO DE QUEM FOI LÁ FORA E ENCONTROU A PORTA FECHADA
Gilvaldo Quinzeiro
O ego é a mais estrangeira instância da natureza humana e sua missão a mais absurda de todas: “caminhar sobre as águas em plena tempestade”! Missão essa que deixa o ego com uma “aparência” fantasmagórica e atitudes ambígua, dado a pressão e a responsabilidade que lhe pesa sobre os ombros.
Neste trabalho vamos abordar o que torna o ego numa espécie de alienígena, bem como a sua quase impossível missão. Para isso, no entanto, vamos recorrer a uma linguagem metafórica, a única que achamos conveniente na perspectiva de atingirmos nosso objetivo anunciado.
No principio tudo era “caos” para ego ser. No meio do caos esmagador, eis que surge a demanda para o “vir a ser o que sai de si” para repelir ou aliar-se ao que lá fora se constitui na mais devastadora ameaça. Ou seja, o organismo arcaico para evitar a morte eminente expele de si o que de si terá lá fora para quando este estiver dentro de si, de si se diferenciar pelo que há de fora em si.
Nestas condições, o ego se torna um “estrangeiro” que de volta da sua missão bate à sua porta, e quando esta se abre este acha tudo “muito estranho e desarrumado”, enquanto que lá de dentro da casa “ouve uma voz ordenando que ele continue à espreita”. O ego por sua vez, sem ter tempo nem para respirar, sente a porta fechar a trás de si, enquanto este se defende como pode da tempestade que sopra lá fora! Com efeito, o ego nunca mais consegue retornar às condições anteriores. De sorte que por ter que se adaptar ao meio, ao “ meio” fica para sempre retornar á porta de entrada de onde uma vez saiu.
Se pudéssemos descrever o ego, diríamos que este é um sujeito magérrimo, olhos esbutecados, cabelos espinhados e de atitudes ambivalentes; sempre na porta de entrada como se fosse um mendigo, o ego é uma espécie de filho abandonado pelos pais e que cumpre o papel de “gata borralheira”.
Nestas condições de extremo abandono, o filho (o ego) que antes fazia parte das bonanças da família, agora se ver batendo de “pires na mão” na porta de um e de outro. De modo que, este se encontrando em uma situação de perigo esmagador, e para evitar ser soterrado face às ameaças, tende a ver o mundo através do olho do outro, isto é se torna cego, porque lhe é mais cômodo não ver com os próprios olhos o que potencialmente lhe esmagará!
Portanto, ver o mundo com olhar do olhar do outro, implica logo no caso de cegueira. A cegueira de ver com os próprios olhos. Porém, isso tem lá suas “vantagens”, como por exemplo,a de poupar o ego de “ver”. Se assim é, então o ato de ver com os próprios olhos é algo de uma ordem que esmaga o ego. De sorte que este para evitar ser esmagado, ver o mundo pelo olhar do olhar do outro!
O ego é a mais estrangeira instância da natureza humana e sua missão a mais absurda de todas: “caminhar sobre as águas em plena tempestade”! Missão essa que deixa o ego com uma “aparência” fantasmagórica e atitudes ambígua, dado a pressão e a responsabilidade que lhe pesa sobre os ombros.
Neste trabalho vamos abordar o que torna o ego numa espécie de alienígena, bem como a sua quase impossível missão. Para isso, no entanto, vamos recorrer a uma linguagem metafórica, a única que achamos conveniente na perspectiva de atingirmos nosso objetivo anunciado.
No principio tudo era “caos” para ego ser. No meio do caos esmagador, eis que surge a demanda para o “vir a ser o que sai de si” para repelir ou aliar-se ao que lá fora se constitui na mais devastadora ameaça. Ou seja, o organismo arcaico para evitar a morte eminente expele de si o que de si terá lá fora para quando este estiver dentro de si, de si se diferenciar pelo que há de fora em si.
Nestas condições, o ego se torna um “estrangeiro” que de volta da sua missão bate à sua porta, e quando esta se abre este acha tudo “muito estranho e desarrumado”, enquanto que lá de dentro da casa “ouve uma voz ordenando que ele continue à espreita”. O ego por sua vez, sem ter tempo nem para respirar, sente a porta fechar a trás de si, enquanto este se defende como pode da tempestade que sopra lá fora! Com efeito, o ego nunca mais consegue retornar às condições anteriores. De sorte que por ter que se adaptar ao meio, ao “ meio” fica para sempre retornar á porta de entrada de onde uma vez saiu.
Se pudéssemos descrever o ego, diríamos que este é um sujeito magérrimo, olhos esbutecados, cabelos espinhados e de atitudes ambivalentes; sempre na porta de entrada como se fosse um mendigo, o ego é uma espécie de filho abandonado pelos pais e que cumpre o papel de “gata borralheira”.
Nestas condições de extremo abandono, o filho (o ego) que antes fazia parte das bonanças da família, agora se ver batendo de “pires na mão” na porta de um e de outro. De modo que, este se encontrando em uma situação de perigo esmagador, e para evitar ser soterrado face às ameaças, tende a ver o mundo através do olho do outro, isto é se torna cego, porque lhe é mais cômodo não ver com os próprios olhos o que potencialmente lhe esmagará!
Portanto, ver o mundo com olhar do olhar do outro, implica logo no caso de cegueira. A cegueira de ver com os próprios olhos. Porém, isso tem lá suas “vantagens”, como por exemplo,a de poupar o ego de “ver”. Se assim é, então o ato de ver com os próprios olhos é algo de uma ordem que esmaga o ego. De sorte que este para evitar ser esmagado, ver o mundo pelo olhar do olhar do outro!
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