A MORTE
Gilvaldo Quinzeiro
A morte no que esta tem de nós quando a desejamos para de nós tirarmos à vida, é “espetacular” em alusão ao “sentido” que se acrescenta de nós a ela, ou seja, a morte sem o sentido humano sobre ela é de fato a morte. Pena que se morre todo o dia, quando não se (re) inventa a vida que nos escapa o sentido!
Dito de outra a forma, a morte no que esta possui de nós mesmos tem muito a nos ensinar, sobretudo, a cerca dos motivos pelos quais a deixamos escapar de nós. Ou seja, o nosso “fascínio” pela morte deve no mínimo nos conduzir de volta a vida perdida que passou a dar sentido a nossa morte.
O “espetáculo” em torno da morte do rei do pop Michael Jackson conforme exibição midiatica, por exemplo, foi apenas o desdobramento do que este em vida fez nos palco encantando milhões de fãs em todo o mundo cantando e representando o “ser bizarro” no qual se transformou, mas sobretudo, na maneira como este se fascinava pela morte ou, dito de outro modo, como este fazia da sua própria arte a morte ter vida.
Paradoxalmente, não só os adultos, mas sobretudo as crianças passam uma grande parte de suas vidas lidando com a morte, não como sendo esta o fim, mas, até como defesa na relação conflituosa com os pais, isto é, desejam-na a si ou a outrem apenas como se buscassem um “esconderijo” debaixo da mesa!
Será esta a razão pela qual nos sentimos tão atraído pela morte, a saber, as reminiscências de nossas fantasias infantis?
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