ATRAVESSANDO OS DESERTOS

Gilvaldo Quinzeiro

Quem nunca encarou seus desertos, certamente também encontrará dificuldades de se desatolar de seus pântanos. Além disso, não ousou quebrar a lâmpada cujo gênio degusta as tâmaras a espera de um pedido.
Está apressado? O que fará de si se o que lhe espera são seus próprios fantasmas? Eis uma dica de quem já estancou o sangue se valendo apenas de uma mão cheia de areia:
1 – Dance contigo a dança que só com os outros a desejou dançar! Eis o que lhe manterá acalentado, quando no alto das árvores os abutres já lhe disputam com olhares!
2 - Mantenha ao alcance da mão, o que de longe apenas se contempla!
3 - Contemple ao longe, como também se contempla as estrelas – o que se tem ao alcance na palma da mão.
4 – Lembre-se que quando nos tornamos “Alexandre, O Grande” estamos apenas conquistando o mundo para dar de presente a uma criança humilhada, maltratada e ferida que trazemos no peito.
5 - Se formos apenas o que aprendemos a ser, certamente o que não somos, constitui-se nas outras partes de nós que são aptas a sobreviverem para além de todos os desertos” que nos reduzem ao o que somos agora.
6 – Isto é, o que sobrou de nós, é tão inteiro cujos reparos no escuro dos desertos, vale mais do que conquistar todas as capitais do mundo!
7 – Por fim, apaixone-se!
9 - A paixão nos aproxima mais dos deuses, porque é quando nós nos sentimos eternos. Os corpos quando apaixonados recebem a química da eterna fonte da juventude.
10 - A paixão também nos torna mais éticos, pois nos cega para a mediocridade, que é inerente aos que não têm paixão.
11 – Dance e apaixone por si!

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